Estou numa vibe de falar da Alemanha, como dá pra notar, né? Como dá pra notar também, mesmo que você não conheça a Alemanha, que o Mosel, é um rio!
Então, vamos contextualizar: O rio Mosel, ou Mosela, é um afluente do rio Reno ( lembra da geografia), que é maior e mais “navegavel’. Já falei sobre o vale do Reno em posts antigos, uma importante via de transporte da Alemanha e tem um vale com muitas cidadezinhas lindas. Hoje, vamos falar do rio Mosel, que é menor, mas como o Reno, tem um vale com muitas cidadezinhas tetéias , parecidas com as do vale do Reno, delícias à descobrir.
O rio Mosel é mais sinuoso que o Reno, seu capricho nas curvas e seu percurso mais curto, faz com que tenha um trânsito de barcas comerciais menos intenso mas suas águas são mais calmas quase escorregando entre as cidades e por isso atraem mais barcos turísticos que passeiam o tempo todo na região.
Existem muitas pequenas cidades ao longo do Mosel, todas encantadoras. Algumas maiores com mais infraestrutura, e outras menores mais especialmente cativantes.
Estivemos lá à muitos anos atrás, e vou precisar escanear as fotos antigas e talvez a qualidade não seja das melhores, mas já precisei usar esse recurso antes e tenho certeza que posso contar com sua compreensão.
Então, se você tem vontade de conhecer o Vale do Mosel, reserve pelo menos 3 ou 4 dias, como já aconselhei no Vale do Reno.
É possível somente passar pelo vale? Sim, é possível, mas você vai ficar frustrado com a sensação de ter perdido o melhor.
Então escolha uma cidade- base, um hotel delicioso e deixe-se levar pela mansidão do Mosel, sem pressa.
O Vale do Mosel produz vinhos deliciosos e delicados, principalmente brancos que são a minha preferência, e obviamente existem muitos vinhedos na região. Alguns podem ser visitados e valem a visita, outros são familiares que produzem vinhos somente para a região.
O trecho mais bonito do Mosel, é o que fica entra Kolenz ( ou Comblença) e Trier, a cidade mais antiga da Alemanha, e é muito curto, são somente 128 km, obvio que daria só pra passar, mas não faça isso, vale à pena investir mais tempo para o Mosel!
Koblenz ou Coblença, uma das cidades na ponta do roteiro, já foi motivo de um post e é uma das mais lindas cidades da Alemanha. Fica na confluência do rio Mosel com o rio Reno e como é maior, com cerca de 120 mil habitantes, vai requerer mais tempo.
Trier ou Tréveris, também tem mais de 100 mil habitantes, é uma cidade medieval ( dizem ser a mais antiga de todas), faz fronteira com Luxemburgo e tem 9 monumentos que são Patrimônio Mundial da Unesco.
Entre as duas cidades, estão as pequenas joias escondidas: Mehring, Bernkastel- Kues, Zell, Cochen e Alken.
O Vale do Mosel tem muitos castelos, alguns em ruínas outros muito bem conservados e não há como deixar de visitar pelo menos um deles o Burg Eltz, que fica entre Koblenz e Cochem. O castelo parece saído de um conto de fadas, situado majestosamente no topo de um , e enorme rochedo, o castelo impressiona mesmo de longe. O escritor Victor Hugo que esteve pela região, descreveu o castelo no seu diário: “alto, poderoso, surpreendente, escuro. Nunca vi nada igual.” Não dá pra perder, né?
A cidade de Cochem, também tem seu castelo no alto de uma colina e é o centro do comércio de vinhos do vale. Há inúmeras pequenas adegas familiares na cidade e arredores, aproveite pra fazer degustações.
No próximo post, vamos falar de Bernkastel-Kues uma encantadora cidade festiva e alegre que foi nossa cidade-base para conhecer o Vale do Mosel.
Bye!